quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Kremlin exige pedido de desculpa à Fox News por chamar “assassino” a Putin

REUTERS
6 de Fevereiro de 2017, 21:44

Bill O'Reilly, apresentador da Fox, disse que Putin era um "assassino" durante uma entrevista a Donald Trump.

O Kremlin exige um pedido de desculpas por parte do canal televisivo norte-americano Fox News. 
Para Dmitry Peskov, porta-voz do Governo de Moscovo, que se pronunciou esta segunda-feira, foram proferidos comentários “inaceitáveis” sobre o Presidente russo por parte de um dos apresentadores do canal, numa entrevista com Donald Trump. 
O apresentador Bill O’Reilly descreveu Putin como um “assassino”, ao tentar pressionar o Presidente norte-americano a explicitar as razões pelas quais respeita Vladimir Putin.

“Consideramos que tais palavras por parte da Fox são inaceitáveis e insultuosas e, sinceramente, preferíamos receber um pedido de desculpas por parte de uma companhia televisiva tão prestigiada”, disse Dmitry Peskov.

Durante a entrevista, Donald Trump foi questionado sobre a sua relação com o Presidente russo. 
"Respeito Putin. 
Respeito muitas pessoas, mas isso não significa que me dê bem com elas. 
Se me vou dar bem com ele? 
Não sei, não faço ideia. 
Até é provável que não", respondeu Donald Trump, sendo interrompido por O'Reilly: "No entanto, Putin é um assassino". 
"Há muitos assassinos por aí", retorquiu Trump. 
"Temos muitos assassinos. 
Acha que o nosso país é assim tão inocente?", questionou o Presidente dos EUA.

No domingo, a rádio Westwood One Sports pediu a Trump que esclarecesse os comentários que tinha feito na entrevista. 
“Não tenho de clarificar. 
A questão era se eu o respeitava – e ele é o líder de um grande país”.

Trump afirmou, segundo a Fox, que está disposto a trabalhar com a Ucrânia e a Rússia com o objectivo de encontrar uma solução para as disputas territoriais no Leste da Ucrânia e a reivindicação separatista na Crimeia.

Putin – que domina há 17 anos o contexto político russo – é acusado por alguns críticos de ordenar a morte dos seus opositores. 
Tanto Putin como o Kremlin têm negado tais acusações, dizendo que são falsas e originadas com motivação política.

Em Janeiro do ano passado, um juiz britânico declarou que Putin tinha “provavelmente” autorizado o assassínio, em Londres, do antigo agente do KGB Alexander Litvinenko. 
Trump referiu que não existiam provas de que o Presidente russo fosse culpado: “Em primeiro lugar, ele diz que não o fez. 
Várias pessoas dizem que não foi ele. 
Quem é que sabe quem o terá feito?”.

Sem comentários:

Enviar um comentário