6 de Fevereiro de 2017, 21:44
Bill O'Reilly, apresentador da Fox, disse que Putin era um "assassino" durante uma entrevista a Donald Trump.
O Kremlin exige um pedido de desculpas por parte do canal televisivo norte-americano Fox News.
Para Dmitry Peskov, porta-voz do Governo de Moscovo, que se pronunciou esta segunda-feira, foram proferidos comentários “inaceitáveis” sobre o Presidente russo por parte de um dos apresentadores do canal, numa entrevista com Donald Trump.
O apresentador Bill O’Reilly descreveu Putin como um “assassino”, ao tentar pressionar o Presidente norte-americano a explicitar as razões pelas quais respeita Vladimir Putin.
“Consideramos que tais palavras por parte da Fox são inaceitáveis e insultuosas e, sinceramente, preferíamos receber um pedido de desculpas por parte de uma companhia televisiva tão prestigiada”, disse Dmitry Peskov.
Durante a entrevista, Donald Trump foi questionado sobre a sua relação com o Presidente russo.
"Respeito Putin.
Respeito muitas pessoas, mas isso não significa que me dê bem com elas.
Se me vou dar bem com ele?
Não sei, não faço ideia.
Até é provável que não", respondeu Donald Trump, sendo interrompido por O'Reilly: "No entanto, Putin é um assassino".
"Há muitos assassinos por aí", retorquiu Trump.
"Temos muitos assassinos.
Acha que o nosso país é assim tão inocente?", questionou o Presidente dos EUA.
No domingo, a rádio Westwood One Sports pediu a Trump que esclarecesse os comentários que tinha feito na entrevista.
“Não tenho de clarificar.
A questão era se eu o respeitava – e ele é o líder de um grande país”.
Trump afirmou, segundo a Fox, que está disposto a trabalhar com a Ucrânia e a Rússia com o objectivo de encontrar uma solução para as disputas territoriais no Leste da Ucrânia e a reivindicação separatista na Crimeia.
Putin – que domina há 17 anos o contexto político russo – é acusado por alguns críticos de ordenar a morte dos seus opositores.
Tanto Putin como o Kremlin têm negado tais acusações, dizendo que são falsas e originadas com motivação política.
Em Janeiro do ano passado, um juiz britânico declarou que Putin tinha “provavelmente” autorizado o assassínio, em Londres, do antigo agente do KGB Alexander Litvinenko.
Trump referiu que não existiam provas de que o Presidente russo fosse culpado: “Em primeiro lugar, ele diz que não o fez.
Várias pessoas dizem que não foi ele.
Quem é que sabe quem o terá feito?”.
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