terça-feira, 2 de junho de 2015

O Irão está procurando maneiras de desviar de um componente-chave do acordo nuclear

POLÍTICA


REUTERS

31 de maio de 2015, 08h24


U.S. Secretary of State John Kerry (L) and Iran's Foreign Minister 
Mohammad Javad Zarif pose for a photograph before resuming 
talks over Iran's nuclear programme in Lausanne March 16, 2015.
DUBAI (Reuters) - O Irão vai discutir "outras soluções" para as exigências ocidentais que permitam que os inspetores da ONU tenham acesso às suas instalações militares e entrevistar os seus cientistas nucleares, o ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif foi citado como tendo dito no domingo.

A questão do acesso dos inspectores internacionais tornou-se um dos principais pontos de atrito entre Teerão e seis potências mundiais como eles tentam superar os obstáculos para um acordo nuclear final um mês antes do prazo.

"Nós decidimos discutir outras soluções para resolver este problema", Zarif foi citado como dizendo pela agência de notícias Mehr, após a realização de seis horas de reuniões no sábado com o seu homólogo norte-americano John Kerry.

Autoridades ocidentais dizem que as inspecções das instalações militares pela ONU pelo cão de guarda da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e o acesso a cientistas são essenciais para verificar se o Irão está buscando um programa clandestino de armamento nuclear.

O Irão nega qualquer ambição de desenvolver uma arma nuclear e afirma que o seu programa é puramente pacífico.

Os Estados Unidos e a França ameaçaram bloquear qualquer acordo que não permita o acesso, mas o líder supremo do Irão excluiu expressamente qualquer inspeção ou entrevistas, criando um obstáculo à frente do prazo de 30 de junho para chegar a um acordo.

Zarif não deu mais detalhes sobre como os negociadores iranianos planeados para resolver o problema e disse que ainda há vários pontos de diferença entre o Irão e os Estados Unidos, o que implica que não houve grande avanço nas suas negociações bilaterais com Kerry.

"Decidimos trabalhar em tempo integral para as próximos três ou quatro semanas para ver se irá ou não ser possível chegar a um acordo", disse ele.

(Reportagem de Sam Wilkin, Edição de Raissa Kasolowsky)

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