NUCLEAR
Lusa e Público
8 de Maio de 2018, 21:20
Secretário-geral da ONU manifesta-se "profundamente preocupado" com a retirada dos EUA e o reforço de sanções.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apela aos seis países signatários do acordo nuclear com o Irão que “respeitem totalmente os compromissos”, apesar da retirada dos Estados Unidos, anunciada nesta terça-feira pelo Presidente Donald Trump. “Estou profundamente preocupado com o anúncio da retirada dos Estados Unidos do acordo e o retomar de sanções”, referiu António Guterres, através do porta-voz.
Numa posição conjunta assinada pelos líderes da Alemanha, França e Reino Unido, diz-se que a decisão do Presidente dos EUA não impede os restantes subscritores de manter o acordo vivo — Angela Merkel, Emmanuel Macron e Theresa May apelam, de resto, a que os EUA “permitam que se mantenha a aplicação das suas principais disposições”.
Ao mesmo tempo, encorajam o Irão a “dar provas” do seu compromisso com o documento, na resposta à decisão americana.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que os Estados Unidos abandonam o acordo nuclear assinado pelo Irão e pelo grupo dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha.
Trump disse estar aberto a uma renegociação do acordo.
Mas Teerão já disse que não o fará.
"Hoje anuncio que os Estados Unidos se retiram do acordo nuclear com o Irão”, disse Trump numa declaração à imprensa na Casa Branca, em Washington, acrescentando que os Estados Unidos “voltarão a impor sanções económicas ao mais alto nível”.
Donald Trump afirmou que tem “a prova” de que o Irão mentiu sobre o programa nuclear, classificando aquele país como "um regime de grande terror".
O acordo, disse, que "nunca, mas nunca", devia ter sido feito.
"Não trouxe a paz nem nunca a trará".
Pelo contrário, António Guterres defende que o acordo é uma “grande conquista” da diplomacia, que contribuiu para a “paz e segurança nacional e internacional”.
A decisão de Trump significa que os EUA repõem todas as sanções que foram levantadas após a assinatura do acordo nuclear, em 2015, durante a Administração Obama.
Sem comentários:
Enviar um comentário